Estudo sobre transporte marítimo não pode continuar numa gaveta
A CCAH - Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo exigiu ontem celeridade na divulgação das conclusões de um estudo sobre transporte marítimo de mercadorias nos Açores velho de quase dois anos e que já foi, inclusive, alvo de apreciação por uma comissão de avaliação.
"Exigimos (...) à secretaria regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas que as conclusões da Comissão Especializada Independente sejam tornadas públicas o mais rápido possível para se gerar o necessário debate público em torno desta matéria", refere uma nota enviada ao DI pela CCAH.
O órgão do patronato diz mesmo que não se conforma "com inação, apatia e falta de transparência". Ao contrário, propõe "que haja um sólido e sério compromisso de todos os agentes envolvidos com o futuro do transporte marítimo de mercadorias nos Açores".
A CCAH demonstra "inquietação face à excessiva morosidade na apresentação das conclusões definitivas sobre o Estudo sobre o Transporte Marítimo de Mercadorias e quer que a sua posição seja entendida "de forma inequívoca e urgente". Isto porque a situação em causa "permanece sem respostas concretas e que gera uma crescente incerteza no tecido económico regional".
TEMPO APÓS TEMPO
A CCAH refere que recebeu a 20 de setembro de 2023 uma cópia do referido Estudo, considerando tal gesto "positivo".
"Porém, no dia anterior, a comunicação sobre a entrega deste estudo à Comissão Especializada Independente aumentou a expectativa, embora, passado um ano, os resultados continuam sem ser divulgados", lê-se na nota.
Para o órgão presidido por Marcos Couto, "é inaceitável que um assunto de tamanha importância para o desenvolvimento económico dos Açores, que carece de um modelo de transporte marítimo eficaz, ainda esteja por definir".
Para a CCAH, "a atual ineficácia do modelo de transporte marítimo de mercadorias está a ter um impacto direto e negativo na economia açoriana, em particular na da ilha Terceira, afetando severamente a atividade empresarial e, em última análise, a sustentabilidade das empresas e a qualidade de vida dos cidadãos".
"Alterar o modelo de transporte é uma urgência" para a CCAH.
Diário Insular (19/09/2024)
