Juro dos novos depósitos desceu em janeiro, é o primeiro recuo desde setembro de 2022
No acumulado de janeiro, as famílias depositaram 9.588 milhões de euros, mais 34 milhões do que no mês anterior, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. Em termos do crédito à habitação, o juro dos novos contratos caiu para o valor mais baixo desde fevereiro de 2023.
A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo das famílias registou em janeiro a primeira descida desde setembro de 2022. A taxa fixou-se em 2,9%, menos 0,18 pontos percentuais (p.p) do que os 3,08% registados em dezembro do ano passado, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.
No acumulado de janeiro, as famílias depositaram 9.588 milhões de euros, mais 34 milhões do que no mês anterior.
"Desagregando por prazo, verifica-se que a taxa de juro média dos novos depósitos com prazo até um ano diminuiu 0,18 p.p em janeiro, fixando-se em 2,92%. Não obstante, esta foi a classe de prazo que apresentou a remuneração média mais elevada e representou 97% dos novos depósitos em janeiro de 2024", destaca o regulador financeiro, que é liderado por Mário Centeno.
Com a redução da taxa média, Portugal "desceu uma posição no conjunto de países da área do euro", indica o Banco de Portugal.
No que diz respeito à remuneração média dos novos depósitos a prazo pelas empresas, também se verificou uma descida em janeiro, com os bancos a pagarem 3,42% (menos 0,04 p.p do que em dezembro).
No total, as empresas aplicaram 7.558 milhões de euros em depósitos, mais 22 milhões do que no mês anterior. Também neste caso os depósitos com prazo até um ano representaram a maior fatia (99,7%).
Juros de novos créditos à habitação no valor mais baixo num ano
Em termos do crédito à habitação, a taxa de juro média dos novos contratos desceu 0,18 pontos percentuais para 3,81%. Trata-se do valor mais baixo desde fevereiro de 2023.
Já a taxa de juro dos contratos renegociados manteve-se em 4,39%.
No total, os bancos concederam 2.555 milhões de euros em novos empréstimos em janeiro, o que representa uma queda de 45 milhões face a dezembro do ano passado.
Jornal de Negócios (04/03/2024)