Açores batem recorde de passageiros desembarcados no mês de Maio

Os Açores acabam de bater o recorde de passageiros desembarcados no mês de Maio, com um registo de 152.179 passageiros, verificando-se uma variação positiva de 117,3% em relação ao mesmo mês do ano passado e de mais 1,7% em relação a 2019.


Os números do Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA) vêm confirmar as previsões dos empresários ligados ao turismo, segundo as quais vamos ter um Verão com um “crescimento enorme” de turistas, a julgar pelas reservas e pelo número de companhias aéreas a voar para a região.


Os passageiros desembarcados com origem noutras regiões do território nacional atingiram 69.431, interilhas 67.359 e internacionais 15.389.


Relativamente ao número de passageiros embarcados, no total, ascendeu aos 150.141.


Os valores relativos aos passageiros desembarcados aumentaram em relação aos registados no mesmo mês de 2019 (1,7%) e 117,3% face a maio de 2021.


À semelhança dos passageiros desembarcados, os valores relativos aos passageiros embarcados apresentam também uma variação positiva face a maio de 2019 (1,4%) e de 122,0% face ao mesmo mês de 2021.

Pico lidera aumento

Relativamente à tipologia de voo, verifica-se no mês de maio uma variação homóloga positiva de 83,6% dos passageiros embarcados nos voos interilhas, 133,7% nos voos territoriais e quase 16 vezes nos voos internacionais.


Quanto ao desembarque de passageiros, também por tipologia de voo, ocorreu igualmente um aumento mensal homólogo de 83,6% nos voos interilhas, 118,6% nos voos territoriais e quase 10 vezes nos voos internacionais.


Por ilha, todas apresentam variações homólogas positivas, sendo que a que apresenta a maior variação é a do Pico com 153,3% e a menor variação é a da Graciosa com 28,2%.

Falta mão-de-obra

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) identifica a falta de 45 mil trabalhadores no setor do turismo e pede ao governo não só para reduzir a carga fiscal como para criar leis que agilizem a contratação de cidadãos estrangeiros.


Estas são as duas maiores preocupações da hotelaria nacional para enfrentar os próximos meses de verão.


Segundo a associação, os hotéis estão já a recorrer a horas extraordinárias para compensar falta de trabalhadores.


Além disso, diz a AHP, a subida da inflação faz antever uma subida entre 8 e 10% dos preços médios na hotelaria. Os empresários do setor reconhecem que os turistas estão a regressar ao país e por isso temem não conseguir dar resposta à elevada procura que se antevê para os próximos meses: entre junho e setembro, os hoteleiros esperam, na média nacional, taxas de ocupação a atingir os 59%.


A possibilidade de contratar mão-de-obra estrangeira é um pedido já antigo do setor. O governo tem firmado, entretanto, acordos de mobilidade de trabalhadores com outros países, como são exemplos a Índia ou Marrocos.

Fonte: Diário dos Açores