Época de compras de Natal pelo menos igual à do ano passado

O presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH), Marcos Couto, espera que a época de compras de Natal seja "pelo menos idêntica" à do ano passado, apesar da tendência das compras online.
A época festiva deste ano chega com a vantagem de existirem menos restrições relacionadas com a Covid-19. "As pessoas poderão circular, a região e a ilha em particular têm tido um bom comportamento a esse nível. Julgo que teremos uma época, quero crer, semelhante ao ano passado e com um impacto positivo na economia", disse.
Marcos Couto avançou, ontem, ao DI, que estão a ser preparadas com os municípios as habituais campanhas para atrair clientes ao comércio local.
"O que se vai tentar fazer é uma reedição daquilo que foi o processo do ano anterior. Já enviámos as propostas a todas as câmaras das três ilhas, que trabalham diretamente com a CCAH", adiantou.
Trata-se de um modelo de sorteios. "Cada câmara municipal geralmente adapta um pouco o modelo à sua realidade. É nessa fase que estamos", disse.
Marcos Couto referiu que no prazo de 15 dias, sensivelmente, "haverá um modelo fechado para cada uma das ilhas, cada um dos municípios com quem a CCAH trabalha".
"Teremos, em princípio, sorteios semanais e, depois, um grande sorteio, no final da época, de um valor superior", precisou.
Em dezembro de 2020, o então presidente da CCAH, Rodrigo Rodrigues, afirmava que as vendas no comércio tradicional da ilha Terceira estavam "aquém" de anos anteriores.
"O feedback que temos é que nos aproximamos da época de Natal e os consumos melhoraram um pouco relativamente ao que vinha a acontecer nos últimos meses. Mas, quando comparamos com anos anteriores, está muito aquém", dizia.
Rodrigo Rodrigues considerava que existia, por um lado, uma "grande falta de confiança da população, que leva a que os níveis de consumo baixem consideravelmente".
Por outro lado, assistia-se, "em especial", a um grande aumento das compras online, que, apontava, "também prejudicam muito o comércio tradicional".
"Já o era antes do natal, mas mesmo em período natalício não se sente aquele acréscimo das vendas que era normal e com que todos os comerciantes, no fundo, já estariam a contar", referia.
Há motivos para pensar positivo. Em agosto deste ano, o "Dinheiro Vivo" avançava que com o fim do confinamento e a abertura das lojas físicas, os portugueses retomaram os seus hábitos de consumo tradicionais.
"Uma análise feita a 200 clientes de áreas de negócio e-commerce pela euPago, fintech portuguesa, mostra que houve uma descida de 25% nas compras online a junho de 2021", era noticiado.

Fonte: Diário Insular